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Bananal, 13 de Descartes de 211

Bananal, 20 de outubro de 2000

 

A Eleição Municipalista do Interior, em minha Pátria.

Os sem vivência pratica, Juizes de minha Nação, mais uma vez foram enganados pelos ladinos Políticos, que não precisam mais apresentar propostas, para serem eleitos, e sim propinas.

Na calada da madrugada, aos bandos, bem articulados e treinados, por táticas tipo de guerrilha, eis que surgem os cabos eleitorais comandados pelos próprios candidatos, vereadores e prefeitos; a percorrerem os locais mais pobres e carentes, e até miseráveis; onde residem, a maioria dos eleitores; pessoas que jamais receberam em quatro anos um presente; sempre explorados e carentes de amor e de carinho, sempre enganados; não acreditando nem em um lado, nem no outro; se entregam para aqueles que lhes proporcionam algum agrado, na véspera da decisão desta farsa eleitoral.

Os ônibus das prefeituras servem para ser colocados à disposição do eleitores – se é reeleição, jamais o Juiz poderia requisitar tais veículos; milhares de cestas básicas distribuídas; camisas de tricoline com cédulas de R$ 50,00 ou R$ 25,00 grampeadas na sua lapela. Para quem não tem quase trabalho o ano inteiro, e o salário mínimo é de R$150,00; ganhou um prêmio na loteria; lógico abandona o seu candidato e vota no outro; tanto faz um, como o outro, nada vai ganhar depois; pelo menos este lhe deu algo para gastar no Presente; não acredita viver mais de promessas, não cumpridas.

A corrupção antes nas urnas, que hoje são eletrônicas, provavelmente reduziu substancialmente a fraude, no entanto, na véspera da eleição, os ante republicanos, como aves de rapina, atacam e dominam o ganho na democracia, onde a ordem é anárquica e o progresso é retrógrado.

Não vamos dizer que o povo é podre, qualquer um com fome e ávido por emprego, sem caráter, pois já perdeu a muito a coragem, nunca teve perseverança e prudência, pode ter sua conduta manipulada por qualquer mesquinharia, e como os ladinos tem conhecimento disto, por outras explicações empíricas, tiram o proveito e sobem ao poder.

Transferencia de títulos de pessoas de outros Municípios, feito em um cadastramento seis meses antes da eleição, onde grande numero dos transferidos realmente não residem onde votaram; e que só foram percebidos durante o ato da votação; pois jamais tinham sido anteriormente vistos pelos que residem e nasceram naquele Município.

Só escutei, o tempo todo, que quem ganha, é aquele que está com a "’maquina" do dinheiro; mas não é somente para pagar as despesas de propaganda dos candidatos, mas principalmente para comprar os eleitores.

Nunca pensei que isto pudesse ocorrer. Tamanha bandalheira. Imoralidade Plena.

Como pode ser visto a ausência de uma Doutrina e de uma Sã Política, para formar a opinião pública, e orientar a conduta dos governantes, estes são obrigados a tomar decisões pessoais, como acima constatamos.

Foi para legitimar o poder, é que inventaram a sabedoria popular, manifestada pela eleição, para substituir a hereditariedade aristocrática.

O processo eleitoral democrático, se baseia em três grandes mentiras:

Primeiro, que os votos são iguais, tanto :

dos bem intencionados, como os dos interesseiros;

dos competentes , como os dos incompetentes ;

dos honestos, como os dos desonestos,

dos vagabundos, como os dos trabalhadores,

dos ricos , como os dos pobres,

dos sábios ,como os dos idiotas,

dos medíocres como os dos cientistas,

dos teologistas como os dos metafísicos,

dos metafísicos como os dos positivos ou cientistas.

Segundo, que a maioria tem razão, quando em geral não tem,

Terceiro, quando se aumenta o numero de eleitores, o nível moral e intelectual e cultural baixa consideravelmente. É provável que qualquer dia, no comando Público estejam lotados de medíocres, ladroes, etc altamente egoístas, representando a maioria do povo brasileiro; somente discutindo para o bem de seu grupinho, e nada agindo por causas de rés–publica

Por isso, a eleição democrática, não passa de uma ilusão, visto que o povo, não escolhe ninguém, no máximo decide entre candidatos, apresentados pelos grupos mais ativos; fazendo com a legalidade dos atuais governos resulte da força que representa, pois a sociedade é um ser Coletivo, mas que só age, por intermédio de órgãos individuais.

E hoje, não decide mais, o pior acontece, usam da corrupção material para dominar e alterar a conduta do infeliz depauperado eleitor, e ganhar o poder, para o seu bem, e de alguns que o cercam.

Se é para continuar como está, viva a democracia!

Se é para mudar para o bem de todos, viva a Sociocracia.

Saúde, Respeito e Fraternidade

P. A . Lacaz / Positivista